A Igreja Universal do Reino de Deus chegou a um acordo com a Prefeitura de São Paulo para evitar a demolição do Templo de Salomão, inaugurado há pouco mais de quatro anos a um custo astronômico de aproximadamente R$ 685 milhões.
Desde sua inauguração, o megatemplo idealizado pelo bispo Edir Macedo vem funcionando com pendências junto à prefeitura, pois foi construído numa área em que o Plano Diretor da cidade previa construção de moradias populares, mas terminou sendo usado para erguer a suntuosa sede da Universal.
Agora, com o acordo, a denominação evita a medida mais drástica que o poder público poderia tomar contra a Universal: demolir o Templo de Salomão. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado entre a igreja, a prefeitura e o Ministério Público.
“O TAC estabelece ainda obrigações para as partes envolvidas, inclusive multas pecuniárias para a Igreja Universal, em caso de não cumprimento das mesmas, bem como estabelece as obrigações da Prefeitura de São Paulo quanto ao licenciamento, a fim de que a situação seja resolvida no prazo máximo de dois anos, a partir da assinatura do acordo”, destaca a nota divulgada pela prefeitura de São Paulo.
Quando a Igreja Universal cumprir todas as exigências definidas no acordo, o Templo de Salomão receberá o alvará de funcionamento definitivo. A ameaça de demolição partiu do Ministério Público, que cogitou mover ação na Justiça para derrubar o megatemplo se a Igreja Universal não concordasse em cumprir o que era exigido.
Um dos problemas da construção é ligado ao começo da obra, pois a Universal solicitou alvará de reforma do antigo galpão que ocupava a área, mas a edificação já havia sido demolida dois anos antes. O correto seria solicitar um alvará de construção, o que não foi feito. Outra pendência é a doação de um terreno de mais de 17 mil M² que a igreja se comprometeu a fazer, num bairro vizinho, para a construção de casas populares, o que não foi feito.
No TAC, a Universal se comprometeu a doar moradias populares como contrapartida à construção no local que era reservado para este fim, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo.